segunda-feira, 23 de abril de 2012

Considerações da reunião do Coletivo Regional de Viseu de “Os Verdes”

O Coletivo Regional de Viseu do PEV – Partido Ecologista “Os Verdes” reuniu no passado sábado, dia 21 de Abril, no concelho de Castro Daire, procedendo a um amplo debate sobre a situação Eco politica no Distrito de Viseu e do XII Congresso do PEV. Ainda no dia 21, uma delegação do PEV, incluindo a deputada Heloísa Apolónia, reuniu com o Teatro Regional da Serra do Montemuro, em Castro Daire. Destacam-se das duas reuniões as seguintes considerações:

1- Situação Económica (Aumento da Emigração) – As sucessivas políticas recessivas de austeridade aplicadas desde o Governo de semi-coligação (PS, PSD e CDS), aprofundadas pelo atual governo PSD/CDS-PP, têm conduzido ao encerramento de empresas e ao esvaziamento do estado no distrito, através do encerramento de serviços públicos, que têm reforçado os impactos negativos, com repercussões diretas e indiretas no emprego e na qualidade de vida das pessoas. Aliás, o lema deste governo tem sido “encerramos os serviços públicos para melhor o servir”.

O PEV considera preocupante o crescente aumento de emigração no distrito de Viseu como reflexo destas políticas recessivas que têm aumentado o desemprego, sobretudo o mais jovem. Um em cada três jovens está desempregado. A emigração reflete bem o facto de os jovens estarem mais expostos ao desemprego, a situações laborais precárias, como os falsos recibos verdes, os contratos a prazo e o trabalho temporário com baixos salários. A competitividade baseada em salários reduzidos, na exploração é condenar o futuro sobretudo dos mais jovens dificultando a sua emancipação, os seus sonhos e os seus projetos de vida.

2- Cultura/Educação – Após a reunião com o Teatro Regional da Serra do Montemuro, tendo como objetivo debater algumas problemáticas na área da cultural, sobretudo os cortes a várias companhias de teatro, o PEV retirou as seguintes considerações: a cultura é o parente pobre deste governo, desde logo, reduzindo o Ministério da Cultura a uma Secretaria de Estado, como tal sem assento no Conselho de Ministros; os sucessivos cortes do governo de 23% para 2011 e de 38% para 2012 nas companhias de teatro declinaram a realização de vários projetos previstos; a falta de estratégia do país e dos sucessivos governos na área da cultural fomenta a instabilidade, e como é óbvio, a capacidade de sonhar e de criar; os projetos que permitem alguma estabilidade (projetos a quatro anos) terminam no final de 2012, colocando muitas incertezas no futuro de muitas companhias de teatro; as artes e a cultura contribuem em muito para a economia do país, como tal necessitam de estabilidade; a maioria das companhias regionais de teatro têm um elo muito forte com as escolas, no entanto não existe uma política de educação coerente com a área cultural nem a própria politica cultural está convergente com a educação.

Neste sentido, saiu ainda desta reunião a reflexão sobre a possibilidade de a manter-se a atual Secretaria de Estado da Cultura, a possibilidade de esta ser tutelada pelo Ministério Educação.

3. XII Congresso do Partido Ecologista “OS Verdes” – na reunião do coletivo, que contou com a presença da deputada Heloísa Apolónia, foi debatido também a XII Convenção sob o lema, “Da indignação à ação. Os Verdes, uma força de esperança, uma força de mudança”, que o PEV vai realizar em Lisboa, no ESEG, nos dias 18 e 19 de Maio.






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